4.02.2011

Escola EB2,3/S de Alfândega da Fé

Revolução Industrial





















Trabalho elaborado por:

Ana Catarina Videira Morais 8ºB Nº1

Índice

Introdução………………………………………………………......……3

Revolução Industrial………………………………….…................4

A expansão da revolução industrial……..………..........….......5

As novas fontes de energia e os novos inventos técnicos...6

A revolução dos transportes……………………....………….……7

Liberalismo Económico………..………………………………....….8

Contrastes e antagonismos sociais………………………...........9

Sociedade e mentalidade burguesas………………….........…10

O operariado…………………………………………………………...11

O movimento sindical………………………………………....……12

O aparecimento e a evolução das ideias socialistas......…..13 Conclusão……………………………………….……………………....14

Introdução

Vou fazer este trabalho para a Disciplina de História, pedido pelo professor da mesma e nele vou falar sobre a Revolução Industrial. A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Revolução Industrial

A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

A expansão da Revolução Industrial

A partir de 1830 foram canalizados importantes investimentos para o desenvolvimento dos transportes, um sector essencial na revolução industrial. Ao facilitarem o escoamento de produção e o abastecimento rápido e volumoso de matérias-primas, os canais de comunicação dinamizaram os mercados internos e externos. Estes investimentos, centraram-se, primariamente, na requalificação da mais tradicional e extensa via de comunicação: a estrada, para a qual foi determinante a técnica desenvolvida pelo escocês Mac Adam, a famosa macadamização, que viria a melhor significativamente a deslocação de diligências e mala-posta. Todavia, as estradas não conseguiram assegurar o transporte maciço de mercadorias e passageiros, pelo que o grande boom foi dado com a aplicação da máquina a vapor — criada por James Watt — aos transportes marítimos e ferroviários. Até meados do século XIX, os primeiros navios a vapor, os steamers não foram capazes de suplantar os tradicionais veleiros clippers, porém, a partir de 1860, mercê da descoberta da hélice, da introdução da estrutura metálica, do aumento da tonelagem e da velocidade, o barco a vapor torna-se o grande instrumento do comércio marítimo e fluvial. Os vultuosos capitais necessários bem como os avultados lucros derivados do transporte de mercadorias e pessoas, levaram à criação de companhias de navegação, em particular especializadas nos trajectos entre a Europa e o Oriente. A esta melhoria de circulação marítima e fluvial juntou-se a renovação de portos e a construção de canais, nomeadamente os canais do Suez (1869) e do Panamá (1914). Ao mesmo tempo, verificou-se uma expansão dos caminhos-de-ferro, associando os carris usados nas minas e pedreiras à locomotiva. Os caminhos-de-ferro tornaram-se prioritários para o investimento público. Assim, o caminho-de-ferro tornou-se, desde a segunda metade do século XIX um importante motor da «revolução industrial». O alargamento das vias de ferro significou também um novo e maior mercado de trabalho, ao mesmo tempo que criou novos mercados de transacções nacionais e transnacionais, ao deslocar pessoas e mercadorias com elevada frequência. Os seus elevados custos geraram mercados de capitais através de acções ou obrigações ferroviárias, que enriqueceram bancos e accionistas individuais, favorecendo a internacionalização dos capitais.

As novas fontes de Energia e os novos inventos técnicos

Por volta 1870 deram-se importantes mudanças na indústria, a nível mundial o que levou alguns historiadores pensarem na existência de uma segunda Revolução Industrial. Na segunda metade do séc. XIX deram-se avanços significativos na ciência e nas técnicas. A invenção da turbina e o dínamo permitiram a produção de electricidade, a descoberta de poços de petróleo e a invenção do motor de combustão permitiram a utilização de novas fontes de energia, como a electricidade e o petróleo (gasolina e gasóleo). A partir daí surgiram novas indústrias, tais como: - A indústria de Químicas (medicamentos, explosivos, papel, fertilizantes, …) - A indústria de materiais eléctricos, que produzia aparelhos eléctricos e electrodomésticos. Desenvolveu-se também a indústria do aço, e esta deveu-se à construção de máquinas, pontes, arranha-céus e caminhos-de-ferro.

A revolução dos transportes

A revolução industrial provocou uma revolução nos transportes. Em 1830, George Stephenson inventou a locomotiva a vapor, e consequentemente surgiram as ferrovias que evoluíram rapidamente, sendo encontradas nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Bélgica. Em 1850, surgiu a navegação a vapor. Com as estradas de ferro e as embarcações a vapor, o transporte das mercadorias ficou mais rápido, o custo do transporte foi reduzido, e aumentou a troca de mercadorias. Consequentemente, a revolução dos transportes contribuiu para a ascensão do processo de industrialização.

Liberalismo Económico

As teses do liberalismo Económico foram criadas no Século XIV com clara intenção de combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo. O pressuposto básico da teoria liberal é a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. Os economistas do final do século XVIII, eram contrários a intervenção do Estado na economia. Para eles o Estado deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural seu curso. Um dos principais pensadores da época foi François Quesnay, que apesar de médico na corte de Luís XV teve contacto com as ideologias económicas. Em sua teoria afirmava que a verdadeira actividade produtiva estava inserida na agricultura. Para Vincent de Gournay as actividades comerciais e industriais deveriam usufruir de liberdade para o melhor prosseguimento em seus processos produtivos, para alcançar assim uma acumulação de capitais. O criador da teoria mais aceita na economia moderna, nesse sentido, foi sem dúvida Adam Smith, economista Escocês, que desenvolveu a teoria do liberalismo, apontando como as nações iriam prosperar. Nela ele confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, afirmando que a desejada prosperidade económica e a acumulação de riquezas não são concebidas pela actividade rural e nem comercial. Para Smith o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho, trabalho livre sem ter, logicamente, o estado como regulador e interventor. Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes económicos são movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento económico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada, um equilíbrio perfeito.

Contrastes e Antagonismos Socais

No século XIX houve um grande aumento da população sobretudo nos estados unidos, Japão e Europa, onde se registou uma industrialização mais rápida. As cidades cresceram muito, os camponeses abandonaram os campos e foram para as cidades à procura de melhores condições de vida e salários regulares. A migração da população foi facilitada com os desenvolvimento dos transportes, pois tornou-se mais rápido e económico abastecer as cidades com alimentos. O rápido crescimento da população das cidades trouxe problemas económicos e sócias porque as pessoas sentiam-se desenraizadas, inseguras, aumentou a mendicidade entre aqueles que não se conseguiram adaptar pois não havia emprego para todos muitos tiveram que imigrar. Tudo isto trouxe como consequência o aumento dos contrastes sócias entre a burguesia e o povo e o que vai dar mais tarde a movimentos sindicais.

Sociedade e mentalidade burguesas

A sociedade do Antigo Regime foi substituída no séc. XIX, por uma sociedade de classes, na qual a importância de cada um dependia da sua profissão: do que fazia e do que possuía. Nesta sociedade, a burguesia ocupava lugar de destaque. A alta burguesia industrial e financeira liderava a economia e influenciava o poder político. Mas também ditava as modas impondo o resto da população um certo modelo de vida, os seus valores e até mesmo as suas formas de diversão. A burguesia defendia princípios como o direito à propriedade, a ideia de família, a valorização do trabalho e da poupança, mas também o gosto pelo bem-estar e pela ostentação. A burguesia dividia-se em alta, média e baixa e entre os dois últimos estratos, situava-se uma classe média, composta por pequenos e médios empresários e profissionais liberais, como médicos engenheiros, advogados, professores e jornalistas, … Nos estratos mais baixos desta nova sociedade estava o proletariado, composto pela grande massa de operários que enchia as cidades.

O movimento Sindical

O sindicalismo tem origem nas corporações de ofício na Europa medieval. No século XVIII, durante a revolução industrial na Inglaterra, os trabalhadores, oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas sociedades de socorro mútuos. Esta revolução teve um papel crucial no advento do capitalismo, pois, devido à constante concorrência que os fabricantes capitalistas faziam entre si, as máquinas foram ganhando cada vez mais lugar nas fábricas, tomando assim, o lugar de muitos operários, estes tornaram-se o que é chamado "excedente de mão-de-obra", logo o capitalista tornou-se dono da situação e tinha o poder de pagar o salário que quisesse ao operário. É neste momento que surgem duas novas classes sociais, o capitalista e o proletário, onde o capitalista é o proprietário dos meios de produção: (fábricas, máquinas, matéria-prima). por outro lado, o proletário, que era proprietário apenas de sua força de trabalho, passou a ser propriedade do capitalista, que pagava salários cada vez mais baixos para obter mais lucros, forçando o proletário a trabalhar em uma jornada de trabalho que chegava até 16 horas. É através desta situação que o proletariado percebe a necessidade de se associarem e, juntos, tentarem negociar as suas condições de trabalho. Com isso surgem os sindicatos, associações criadas pelos operários, buscando lhes equiparar de alguma maneira aos capitalistas no momento de negociação de salários e condições de trabalho, e impedir que o operário seja obrigado a aceitar a primeira proposta feita pelo empregador, ou seja, a que ele é mais prejudicado Durante a revolução francesa surgiram idéias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no século XIX. No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a Segunda Guerra Mundial, as idéias comunistas e socialistas predominaram nos movimentos sindicais espanhóis e italianos. Nos Estados Unidos, o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a Federação Americana do Trabalho (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.

O operariado

No início do século XX, a economia brasileira vivia uma situação de caráter transitório. Por um lado, o meio rural ainda representava uma parcela significativa dos contingentes populacionais e da movimentação da economia nacional. Por outro, os centros urbanos cresciam promovendo a criação de fábricas onde uma classe de trabalhadores ganhava espaço paulatino. Mediante essa situação de mudança, acreditamos que o professor possa realizar um trabalho interessante debatendo a situação do operariado nessa época em questão.recomendamos que o professor exponha à turma uma seleção de dois documentos em que populações fabris são descritas de forma minuciosa. Expondo a descrição em tela grande ou distribuindo o texto em cópias, faça uma leitura desses dois relatos abaixo:Fábrica 1: A duração do trabalho diário é de 11 horas úteis. O trabalho é interrompido pelo almoço, que dura uma hora e meia, e pelo café, para o qual os operários têm direito a um quarto de hora. Trabalham nesta fábrica 500 operários, na maioria italianos e espanhóis. (...) Impressão desagradável causa ao visitante o excessivo número de menores em trabalho (...).Fábrica 2: Os contramestres são todos adultos, de nacionalidade italiana e em número de 20. Entre os 374 operários recenseados, a nacionalidade predominante é italiana, vindo em seguida a espanhola e depois a brasileira: dos brasileiros, 44 são menores de 12 anos. Esqueléticos, raquíticos, alguns! O tempo de trabalho varia para as seções [setores] de onze horas e meia a doze horas e meia por dia.Por meio das informações recolhidas, o aluno pode salientar a grande presença de imigrantes, principalmente italianos, na região. Através desse e de outros dados é possível notar que boa parte dos funcionários especializados dessas indústrias eram de nacionalidade estrangeira. Sob tal aspecto, vemos que a disponibilidade de trabalhadores brasileiros era limitada. Ao mesmo tempo, observamos que a imigração atingiu não só as lavouras de café, mas deixou suas marcas no ambiente urbano.Além disso, o professor pode trabalhar com as condições de trabalho dos operários daquela época. As longas jornadas de trabalho e a precariedade das instalações de trabalho revelavam o completo desamparo ao qual os operários se submetiam. Ao mesmo tempo, podemos assinalar que, mediante a descrição física dos trabalhadores, deduzimos que os mesmos recebiam baixos salários pela função exercida. Por fim, a questão do trabalho infantil pode ser um outro tema a ser abordado, tendo em vista a proximidade do tema com relação aos alunos.Feita a discussão sobre o documento, o professor abre um leque de possibilidades para a realização de trabalhos que façam, em boa parte das situações, um contraponto entre a situação dos trabalhadores no passado e no presente. Sobre essas possibilidades, recomendamos a promoção de pesquisas que explorem as atuais leis trabalhistas ou matérias de jornais e revistas que abordem a condição do trabalhador contemporâneo. De tal modo, o aluno pode salientar as continuidades e descontinuidades que envolvem a história deste grupo social.

O aparecimento e a evolução das ideias socialistas

A industrialização contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo gerando contrastes sociais entre a alta burguesia detentora das grandes fábricas e o operariado. Foi neste contexto que surgiram os primeiros movimentos sindicais e as ideias socialistas Alguns intelectuais do século XIX, perante as injustiças sociais, criticaram este sistema e propuseram um conjunto de medidas políticas para modificar a economia e a sociedade dando origem a ideias e doutrinas socialistas. As propostas socialistas surgiram de pensadores franceses e Ingleses, cujas ideias foram consideradas impossíveis de realizar era chamado o “ socialismo utópico”.

Mais tarde os filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels fundaram o “socialismo científico".

As suas obras – Manifesto do Partido Comunista e o Capital defendiam que para acabar com a exploração dos trabalhadores só era possível com uma revolução em que os trabalhadores tomassem o poder e instaurassem uma ditadura da classe operária.

Defendiam também a colectividade dos meios de produção substituindo o capitalismo pelo socialismo.

Conclusão

Ao fazer este trabalho fiquei a saber mais sobre a Revolução Industrial. A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora , o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.