10.16.2010

Instrumentos Naúticos

Bússola


A palavra “bússola” vem do italiano do sul bussola, que significa “pequena caixa” de madeira de buxo. É composta por uma agulha magnética na horizontal suspensa pelo centro de gravidade, e aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direcção do norte magnético da Terra. Atribui-se a descoberta da orientação natural dos ímans aos chineses, por volta do ano 2000 a.C., e por consequência, a invenção da bússola. Foi introduzida na Europa pelos árabes, e foi Flávio Gioia que introduziu também o desenho da rosa-dos-ventos na bússola, mas, conforme se veio recentemente a provar é afinal um historiador italiano que a aborda pela primeira vez no ocidente. Data pelo menos do século XV o conhecimento da declinação magnética, quer dizer, da diferença entre o Norte magnético, indicado pela agulha, e o Norte verdadeiro e, possivelmente, foi descoberta pelos portugueses. A declinação era verificada pelo confronto com a observação da Estrela Polar, quando no hemisfério norte, ou da Estrela Pé do Cruzeiro, quando no hemisfério sul, e a direcção apontada pela bússola.
A bússola é sem dúvida o instrumento mais conhecido dos Descobrimentos
, pois foi provavelmente o mais importante. Indicando sempre o Norte, é uma ajuda preciosa para todo e qualquer navegador. As bússolas actuais variam um pouco entre si, mas têm os mesmos componentes básicos.
Uma bússola é um instrumento navegacional para se encontrarem direcções. Ela consiste num ponteiro magnetizado livre para se alinhar de maneira precisa com o campo magnético da Terra. Uma bússola fornece a uma direcção de referência conhecida que é de grande ajuda na navegação. Os pontos cardeais são norte, sul, leste e oeste. Uma bússola pode ser usada com um relógio e uma sextante
para fornecer uma capacidade de navegação bem precisa. Esse dispositivo melhorou bastante o comércio marítimo tornando as viagens mais seguras e mais eficientes.
Uma bússola pode ser qualquer dispositivo magnético que usa uma agulha para indicar a direção do norte magnético da magnetosfera do planeta. Qualquer instrumento com uma barra magnetizada ou agulha girando livremente sobre um pivô e apontando para o norte e o sul
pode ser considerada uma bússola.
Principais componentes das bússolas:
- Base: é transparente e de plástico, normalmente marcada com uma régua de escala e com uma (ou mais) réguas laterais.
- Cápsula: contém uma agulha magnética, é preenchida por um líquido que em geral é um óleo pouco viscoso, que tem como finalidade dar estabilidade à agulha. A agulha geralmente tem algum destaque para o pólo norte (podendo a ponta ser vermelha, de alguma cor brilhante, etc...). Existem, porém, bússolas em que o Sul é destacado, as ditas "bússolas de geólogo".
- Disco de Leitura: Tem uma escala em graus que fica em volta da cápsula, que serve para ser girada manualmente de modo a obter o rumo em graus.
- Portão: Faixa preta e vermelha pintada numa lâmina ou na cápsula. Serve para alinhar a agulha, move-se junto com a cápsula e as linhas de Norte e tem o lado Norte pintado de vermelho. Em algumas bússolas o portão pode ser movido independentemente.
- Linhas de Norte: São sem série, e servem para alinhar a bússola com os meridianos inseridos no mapa. Movem-se juntamente com o disco de leitura, e são finas, pretas e paralelas ficando geralmente no fundo da cápsula ou numa lâmina transparente.
Actualmente, as bússolas electrónicas são mais utilizadas, mas no entanto as suas agulhas estão igualmente sujeitas a desvios, graças à acção que o ferro exerce sobre a agulha.
Contudo, uma bússola a bordo de uma embarcação não é chamada de bússola, mas sim agulha de marear, ou simplesmente agulha.
Austrólabio
O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte.
Convenciona-se dizer que o surgimento do astrolábio é o resultado prático de várias teorias matemáticas, desenvolvidas por célebres estudiosos antigos: Euclides, Ptolomeu, Hiparco de Nicéia e Hipátia de Alexandria
.
Era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como instrumento para a navegação marítima com base na determinação da posição das estrelas
no céu.Mas nunca foi seviestituido
Também era utilizado para resolver problemas geométricos, como calcular a altura de um edifício ou a profundidade de um poço. Era formado por um disco de latão graduado na sua borda, num anel
de suspensão e numa mediclina (espécie de ponteiro). O astrolábio náutico era uma versão simplificada do tradicional e tinha a possibilidade apenas de medir a altura dos astros para ajudar na localização em alto mar.
Não existem vantagens nem desvantagens entre os instrumentos antigos de navegação; de certa forma são instrumentos perfeitos que atendem suas funções para onde foram projetados, nesse sentido a função do astrolábio é uma e o quadrante é outra. A única diferença (interpretada como vantagem) é o fato de ser um instrumento terrestre, portanto fixo ao solo, para se usar numa ilha ou num continente e mirar uma determinada estrela próxima ao pólo Estrela Polar e o outro um instrumento de bordo, portatil, mais pesado e proprio para medir a passagem meridiana com a sombra do sol. Sob a precisão, ambos funcionavam bem tanto no hemisfério sul´como no hemisfério norte mas principalmente o astrolábio pelo seu peso era capaz de permanecer na vertical apesar do balanço do navio
portanto, indicado para funcionar embarcado.
O desenvolvimento do astrolábio se da com o passar dos séculos. Os indivíduos mais influentes da teoria na qual o instrumento se baseia foram Hiparco de Nicea, que definiu a teoria das projeções e a aplicou a problemas astronômicos, e Cláudio Ptolomeu que, em seu trabalho Planisferium escreve passagens que sugerem que ele possuia um invento semelhante ao astrolábio. Theon de Alexandria em cerca de 390 DC escreveu um tratato dedicado ao Astrolábio, o qual foi a base de muitos escritos sobre o assunto na idade média. Sua filha, [Hipátia de Alexandria], chegou a criar um astrolábio. Um de seus discipulos, Synesius de Cirene, também possuia um invento de características semelhantes. O astrolábio moderno de metal foi inventado por Abraão Zacuto em Lisboa, a partir de versões árabes
pouco precisas.
O disco inicial foi parcialmente aberto para diminuir a resistência ao vento. O manejo do astrolábio exigia a participação de duas pessoas; consistia em grande círculo, por cujo interior corria uma régua; um homem suspendia o astrolábio na altura dos olhos, alinhando a régua com o sol
enquanto outro lia os graus marcados no círculo.
O Almirante Gago Coutinho era da opinião que o astrolábio apenas servia para medir a altura do Sol e, numa travessia Atlântica a bordo da barca Foz do Douro, demonstrou experimentalmente a impossibilidade de, em boas condições, se visarem estrelas a bordo com um astrolábio.
Quadrante
O quadrante astronómico, conhecido desde a Antiguidade, foi o instrumento de alturas mais cedo adaptado à náutica: é referido pela primeira vez no relato de Diogo Gomes, que declara tê-lo utilizado numa viagem efectuada por volta de 1460. Os quadrantes usados em astrologia apresentavam, em geral, outros órgãos acessórios, com escalas que davam as tangentes de certos ângulos, linhas horárias e por vezes também, mas só a partir do século XIII, um cursor que se deslocava ao longo da escala de alturas e resolvia certos problemas astronómicos. Com o tempo procurou-se fazer do quadrante náutico um instrumento de precisão adaptando-lhe um nónio ou modificando-o sem lhe alterar a base de construção.
Tinha como finalidade tomar as alturas dos
astros
e era geralmente feito de madeira ou latão. Era um quarto de círculo e possuía os graus de 0º a 90º. Em ambas as extremidades marcadas com o ângulo recto possuía duas pínulas que continham um pequeno furo por onde se apontava ao astro desejado. Era colocado um fio de prumo ao centro, de forma a interceptar a parte graduada. Era graças a esse fio que se lia a graduação que indicava a altura do astro.
Já no
século XV, o quadrante era utilizado pelos portugueses. Este instrumento náutico foi utilizado pelos portugueses no ano de 1460, ano da morte do Infante D. Henrique.

O quadrante permitia determinar a latitude entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação se encontrava, cujo o cálculo se baseava na altura da
Estrela Polar
ou a altura de um astro qualquer ao cruzar o meridiano do local.
Tinha a forma de um quarto de círculo, graduado de 0º a 90º. Na extremidade onde estavam marcados os 90º tinha duas pínulas com um orifício por onde se fazia pontaria ao astro. No centro tinha um fio de prumo. Observando a posição do fio de prumo lia-se a graduação que indicava a altura do astro.
Tanto o quadrante como o astrolábio permitiam saber se a embarcação se encontrava mais a norte ou mais a sul, é através da medição do ângulo que a Estrela Polar faz com o horizonte, ou medindo a inclinação do sol, também em relação ao horizonte.
Balestilha
A balestilha é um instrumento complementar da esfera armilar utilizado para medir a altura em graus que une o horizonte ao astro e dessa forma determinar os azimutes, antes e depois de sua passagem meridiana.
Foi bastante utilizado pelos
Portugueses na Época dos Descobrimentos. A versão do instrumento na imagem , consta de um jogo de espelhos e é própria para ser usada em alto mar, através de observações da altura do Sol na identificação da latitude do navio. A origem do seu nome remonta ou de “balhestra”, que significa besta, a arma medieval, ou, mais provavelmente, do árabe “balisti”, que significa altura , nesse caso a vertical do astro.
É basicamente constituída por uma régua de madeira e pelo virote na qual se coloca a
soalha que corre na perpendicular em relação ao virote. A leitura do ponto onde se encontrava o astro era feita o ponto da escala gravada no virote onde a soalha se encontrava. Para saber a altura do sol, a acção não decorria virada de frente para o astro, mas sim de costas para este, para que a vista não fosse danificada pela intensidade da luz do sol o que limitava o seu uso em terra ou quando o sol encontrava-se perto do horizonte.
Terá sido o primeiro instrumento desta época a utilizar espelhos para trazer o astro ao horizonte do mar, mesmo tendo aparecido depois do
astrolábio e do quadrante. Existem documentos que comprovam que este instrumento terá sido fabricado até ao início do século XIX. Assim, pode-se intuir que este tenha sido dos instrumentos mais utilizados durante Descobrimentos; supõe-se que tenha sido inventado pelos portugueses. balestiha é um intrumento complementar da esfera que foi criado pelos portugueses que tambem são usados pelos mexicanos e árabes.



Portulano(carta de marear)



Embarcações dos Descobrimentos

Caravela

A caravela foi uma embarcação usada e inventada pelos portugueses e também usada pelos espanhóis durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI. Segundo alguns historiadores, o vocábulo é de origem árabe carib (embarcação de porte médio e de velas triangulares — velame latino). Existem historiadores que defendem que a origem da palavra seria carvalho, a madeira usada para construir as embarcações. A caravela foi inventada e aperfeiçoada durante os séculos XV e XVI. Os Turcos dominaram e invadiram a cidade de Constantinopla. Com isso provocaram uma crise económica e comercial. A caravela tinha no mínimo 44 tripulantes. As dimensões máximas eram de cerca de 30 metros de altura e comprimento. A caravela é uma embarcação rápida, de fácil manobra, apta para a bolina, de proporções modestas e que, em caso de necessidade, podia ser movido a remos. Eram navios de pequeno porte, de três mastros, um único convés e ponte sobrelevada na popa; deslocavam 50 toneladas. As velas latinas (triangulares) permitiam-lhes bolinar e, consequentemente, explorar zonas cujo regime dos ventos era adverso. As velas eram duas vezes maiores que as das nau, o que as torna mais rápidas. Apetrechada com artilharia, a caravela transformou-se mais tarde em navio mercante para o transporte de homens e mercadorias.
Gil Eanes utilizou um barco de vela redonda, mas seria numa caravela que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo da Boa Esperança, em 1488. É de salientar que a caravela é uma invenção portuguesa, feita a partir dos conhecimentos que haviam adquirido dos árabes ou muçulmanos.
Se bem que a caravela latina se revelou muito eficiente quando utilizada em mares de ventos inconstantes, como o Mediterrâneo, devido às suas velas triangulares, com as viagens às Índias, com ventos mais calmos, tal não era uma vantagem, já que se mostrava mais lenta que na variação de velas redondas. A necessidade de maior tripulação, armamentos, espaço para mercadorias fê-la ser substituída por navios mais potentes.
Nau

Nau é uma denominação genérica dada a navios de grande porte até o século XV usados em viagens de grande percurso. Em vários documentos históricos a nau surge com a denominação de nave (do latim navis), termo utilizado quase sempre entre 1211 e 1428. Opõe-se-lhe o termo embarcação, aplicado a barcos de menores proporções, utilizados em percursos pequenos. As naus eram também chamadas carracas.
Durante a época dos Descobrimentos, houve uma evolução dos tipos de navio utilizados. A barca, destinada à cabotagem e pesca, era ainda utilizada ao tempo de Gil Eanes, quando, em 1434, dobrou o Cabo Bojador, e seria sucedida pela caravela
.
Concretamente, na Baixa Idade Média, mais precisamente entre o século XIII e a primeira metade do XV, as naus, ainda tecnicamente longe daquilo que seriam nos Descobrimentos, serviam essencialmente para transportar mercadorias que provinham dos portos da Flandres, no norte da Europa, para a península Itálica, no mar Mediterrâneo
, e vice-versa.
À época de Fernando I de Portugal as naus desenvolveram-se em termos náuticos e multiplicaram-se de forma assinalável em Portugal. Devido à pirataria que assolava a costa portuguesa e ao esforço nacional de criação de uma armada para as combater, as naus passaram a ser utilizadas também na marinha de guerra. Nesta altura, foram introduzidas as bocas-de-fogo, que levaram à classificação das naus segundo o poder de artilharia: naus de três pontas (100 a 120 bocas) e naus de duas pontas e meia (80 bocas). A capacidade de transporte das naus também aumentou, alcançando as duzentas toneladas no século XV
, e, as quinhentas, no século seguinte.

Galeão

Um galeão é um navio a vela que possui quatro mastros, de alto bordo, armado em guerra, frequentemente utililizado no transporte de cargas que possuiam alto valor na navegação oceânica entre os séculos XVI e XVIII. Alguns tinham 1200 toneladas e 40 bocas de fogo.
Por volta do
século XII, o galeão era uma pequena galé com uma só ordem de remos, e de formas finas. Mais tarde aplicou-se o termo a navios de alto bordo e de velas nas carreiras da América, da África e das Índias.
Em
1770, durante a guerra da sucessão da Espanha, vários galeões carregados de ouro afundaram na baía de Vigo.
Em maio de 2007 foi descoberto um carregamento de moedas de prata de um galeão espanhol, com equivalência chegando a 1 bilhão de reais.
O galeão também era usado por piratas, mas após ser roubado ou construido pelos mesmos se chamava
Corsário.






5.18.2010

Claude Monet- Pintor/ Impressionista


Claude Oscar Monet nasceu em 14 de novembro de 1840 em Paris, França. Seu pai, Claude Adolphe, dono de uma mercearia e de sua mãe, Louise Justine Aubree foi um cantor. Seu pai esperava que seu segundo filho, Monet gostaria de participar do negócio de família. No entanto, para sua decepção, Monet desejado para se tornar um artista.Claude Monet, o filho de um merceeiro, cresceu para ser o fundador original e praticante do movimento impressionista francês na pintura. Algumas de suas obras bem conhecidas compreendem de Impression, Sunrise, lírios de água e palheiros. Ele imensamente concentrado sobre a influência da luz sobre um assunto.Monet iniciou sua formação na Le Harve Escola de Artes no ano de 1851. Na tenra idade de onze anos, ele se aventurou a vender pinturas de carvão para os moradores da área. Finalmente, foi Eugene Boudin, que ensinou Monet detalhes de pintura a óleo. Monet não mostrou nenhuma inclinação para imitar as obras de outros artistas lendários. Em vez disso, ele gostava de pintar qualquer ponto de vista cênico, o que poderia ser tão simples como uma visão externa de uma janela simples. Em 1861, Monet foi sobre os rolos do Primeiro Regimento de Cavalaria Ligeira Africano na Argélia. Seus sete anos de estadia na Argélia, foi reduzida para dois depois que ele contraiu febre tifóide. Depois de um mandato descontentes com a Cavalaria, Monet passou a estudar a arte em uma universidade.Em 1862, Monet iniciou seus estudos com Charles Gleyre, onde aprendeu diversas técnicas de pintura rápida. Foi durante este período de tempo que Monet conheceu Camille Doncieux, e teve um filho, Jean, em 1867. Um ano mais tarde, sob as pressões da crise financeira, de Monet feita uma tentativa fútil de acabar com sua vida. Camille foi muito favorável durante esta fase emocional e financeira ruim em sua vida, e mais tarde eles se casaram em junho de 1870. Como conseqüência da Guerra Franco-Prussiana, o casal mudou de França para a Inglaterra em julho de 1870. Desde que, a Academia Real não deu Monet a aprovação para mostrar seu trabalho, ele mudou-se para Zaandam para continuar seu trabalho.Foi em 1871 que Monet finalmente desenvolveu seu estilo impressionista depois de retornar à França. Em 1872, ele pintou o famoso Impression, Sunrise. Logo após dar à luz seu segundo filho, Michel, Camille faleceu no dia 5 de setembro de 1879 sucumbir à tuberculose. Como sinal de respeito o seu passado, Monet pintou Camille Monet em seu leito de morte. Depois do falecimento de sua esposa, uma tristeza muito atingidas Monet começou a residir com Ernest Hoshede, um benfeitor das artes.Em 1892, Monet casou-se Alice, esposa Hoshede's. O casal vivia em Giverny, onde Claude nutria uma enorme jardim. Este jardim foi a inspiração de muitos de seus trabalhos distintos destacando os salgueiros e os lírios de água. Ele mesmo construiu um estúdio em seu jardim, para que ele pudesse pintar à vontade sem se preocupar com as condições meteorológicas. Monet's got a visão comprometida pela catarata após o desaparecimento de sua segunda esposa em 1911, e filho de Jean, em 1914.Claude Monet morreu em 1926 sucumbir ao câncer de pulmão. O artista descansa em paz no cemitério da Igreja de Giverny. Seus herdeiros doou sua Giverny casa e jardins para a Academia Francesa de Belas Artes em 1966.

Biografia de Karl Marx- Pensador

Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista. Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a
fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.

3.29.2010

Exposição

" Sou Transmontana, Sou Mulher"

Nesta exposição verifiquei uma foto com uma senhora já de idade, pois está já tem uma cara muito velha, isso depende da sua vida ao longo dos anos.
Nesta exposição também vimos quadros,que tinham animais e também verifiquei fotos com a agricultura e com o fumeiro.

3.12.2010

Máquina a vapor



Um pequeno histórico. A máquina a vapor como conhecida hoje teve seu desenvolvimento durante mais de um século. Veja neste mesmo sítio o pequeno histórico. James Watt foi quem mais se dedicou ao assunto e ao projeto, bem como na execução dos protótipos e após isso, na industrialização das mesmas. Entretanto quem deu o toque final na máquina que estamos apresentando neste artigo foi Thomas Newcomen. Ambos eram ingleses. O modelo que estamos descrevendo também é inglês.
O modelo em tela é o que se chama em língua inglesa de “Beam Engine” sua tradução literal seria “Máquina de Feixe” , em língua portuguesa chamam-na de “Maquina de Watt”. Ela tomou essa forma no ano de 1781, portanto já tem cerca 230 anos . O modelo entretanto foi adquirido na Inglaterra em 1986, da firma “Stuart Turner” que ficava em Henley-on-Thames. Quem a importou foi o Sr. Aldo Andreoni.
Ela veio toda desmontada e com um desenho para que se a montasse. Ele tentou ,errou , e pediu minha ajuda (Edmar Mammini) em 1987; e eu o auxiliei no serviço, entretanto faltava a caldeira, ele só havia importado a máquina e mais, sem a bomba de recalque e nem trocador de calor(condensador), enfim ele tinha somente a máquina. Pediu para que eu fizesse o restante e que foi feito, mas que levaram anos. O serviço foi terminado em 1992.
A máquina é quase toda em ferro fundido cinzento, porém parafusos, bielas, eixo, hastes de comando e afins são de aço carbono 1020.A Caldeira é do tipo Clyde, muito semelhante a Scotch, a única diferença é que a Clyde tem o fundo seco e a Scotch tem o fundo com água circulando, aumenta o rendimento e dificulta a manutenção. A caldeira é toda em cobre e soldada a prata. O coletor de fumaça e a chaminé é em latão e também soldada a prata. É uma peça digna de ser exposta em um museu de tão bem feita que ficou.
A caldeira foi projetada e construída pelo autor em 1992, foram feitas 3 delas, sendo uma para mim e que se vê no conjunto motriz dentre as fotos do sítio *. Foi inicialmente usada para tracionar o “ Princess Beatrix” a segunda é essa que aí está, a terceira foi usada em um modelo do Sr. Vicente Llaberia.
A bomba de recalque é do tipo “ Burrinho Hidráulico” é uma bomba também da Stuart Turner que opera com vapor vivo direto da caldeira, tem uma conformação toda especial, muito difícil de ser construída devido a precisão que devem ter suas furações; um erro de 3 centésimos de milímetro já começa a complicar o funcionamento.
A peça é toda feita em bronze naval e aço inox. Seu desempenho é espantoso e sua eficiência idem . O trocador de calor tipo Casco e Tubos (Shell & Tubes) é todo em cobre e soldado a prata . Ele recebe o vapor de exaustão do motor de Watt e aquece a água que a bomba manda para a caldeira para repor o vapor consumido. Tanto bomba como trocador estão em perfeito estado de funcionamento.
A Caldeira é aquecida a gás do tipo GLP ( gás liquefeito de petróleo) o mesmo que usamos em bujões em nossas casas para cozinha e banheiro. O rendimento é muito bom. O queimador é do tipo fogão a gás, ou seja uma placa cheia de furinhos. O Motor de Watt possui uma característica que o distingue dos demais. É o seguinte: o cilindro motor está na vertical, o êmbolo do cilindro está conectado a um balancim através de um paralelogramo de Watt * o balancim tem na outra extremidade uma biela que por sua vez está conectada a um eixo manivela e esta é console com o eixo motor que suporta o volante e a polia motriz. Neste eixo console está um excêntrico que dá o comando e através de uma haste, movimenta o conjunto distribuidor do vapor e da exaustão.

James Watt

Inventor da moderna máquina a vapor, que possibilitou a revolução industrial, James Watt foi mundialmente reconhecido quando seu nome foi dado à unidade de potência de energia – watt.
James Watt nasceu em Greenock, Escócia, a 19 de Janeiro de 1736. Era o sexto de oito irmãos, cinco dos quais morreram na infância. Não era uma criança prodígio. Tímido, inseguro e mimado pela mãe, o menino sofria com terríveis dores de cabeça, que se prolongaram até a idade adulta. Desse modo, James ficava fechado em seu quarto imensos dias. Para distraí-lo o pai dava-lhe, como brinquedos, diversos instrumentos de navegação, que ele desmontava e arranjava. Essa inocente brincadeira assumiu, mais tarde, uma importância fundamental. Como não conseguiu frequentar a escola primária, aprendeu com os pais a ler e a escrever, além dos princípios da aritmética. Por volta dos 13 anos mostrou grande interesse pela matemática e pela arte da navegação. Aos 16 anos, Watt partiu para Glasgow em busca de trabalho e foi empregado como aprendiz numa fábrica. Para quem queria ser construtor de instrumentos de medida, aquele não era o trabalho ideal. Ao fim de três anos, decidiu tentar a sorte em Londres.
Aos 19 anos foi para Londres fazer aprendizado de mecânico especializado na construção de instrumentos, mas em menos de um ano regressou à Escócia. O clima de Londres, húmido e frio, causou-lhe reumatismo, obrigando-o a abandonar a cidade. De volta a Glasgow, decidiu trabalhar por conta própria e abriu uma loja de instrumentos. Por não possuir o certificado de aprendiz, teve dificuldades em montar uma oficina. Em 1757, no entanto, conseguiu ser escolhido para fabricar e reparar instrumentos matemáticos da Universidade de Glasgow.
Em 1763 recebeu para arranjar uma máquina a vapor do tipo Newcomen, a mais avançada de então. Watt conseguiu descobrir que, para melhorar o seu funcionamento, era necessário elevar a temperatura do vapor, arrefecendo-o depois bruscamente durante a expansão. Acrescentou o condensador de vapor e outros artifícios destinados a melhorar o rendimento do motor. No condensador a temperatura do vapor seria mantida baixa (cerca de 37o C), enquanto que no cilindro permaneceria elevada. Procurou, assim, alcançar o máximo de vácuo no condensador. Watt fechou o cilindro, que antes permanecia aberto, eliminou totalmente o ar e criou uma verdadeira máquina a vapor.

2.20.2010

Voltaire

Voltaire, cujo nome verdadeiro era François Marie Arouet, nasceu em novembro 21, 1694, em Paris , em uma família burguesa. Ele estudou na escola brilhante melhores e mais caros em Paris, no Colégio jesuíta Louis-le-Grand. Em paralelo à educação rígida e religiosa dos jesuítas, a sociedade Voltaire freqüentemente licencioso do Templo, onde descobre um espírito livre que quer libertar-se da religião e da monarquia. Em 1713, ele abandonou seus estudos de direito e de uma breve estadia em The Hague, onde é secretário da embaixada, mas um caso com um jovem huguenote retorna a Paris. Lá, ele decidiu dedicar sua vida a escrever. Em 1717, ele foi internado na Bastilha por versos que descrevem a relação incestuosa do Regente. Durante os onze meses de sua internação, ele terminou de escrever a tragédia de Édipo, que está enfrentando um tremendo sucesso em 1718. Foi então que ele escolheu o seu pseudónimo, que é simplesmente um anagrama de Arouet L J . Em 1726, opôs o cavaleiro de Rohan-Chabot e fez outra viagem para a Bastilha. Na saída da prisão, Voltaire deve exílio por três anos na Inglaterra, antes de fazer seu retorno para a sociedade de Paris, em 1729. Ela brilha através de seu talento como cantora entrega de peças bonitas "Brutus" em 1730, "Zaire" em 1732 ", Le Mondain" em 1736, "Maomé", em 1742, "Merope" em 1743. Esse talento atiçar a curiosidade de o rei que faz seu biógrafo em 1744. Mas o espírito zombeteiro de Voltaire vai ganhar-lhe a sua desgraça. Em 1758 ele comprou uma fazenda de Ferney . Lá, ele descobriu uma paixão para a construção de uma nova sociedade. Ele estabeleceu o seu campo, então toda a região, ele construiu casas, feitas cultivar os campos, o desenvolvimento da pecuária, ergue-se algumas indústrias e traz prosperidade para a região. Voltaire em sua vida se tornou um mito, e em 1778 por seu grande retorno a Paris, ele recebeu uma multidão e os membros da Academia Francesa, que estão pagando seus tributos. Voltaire morreu Maio 30, 1778, em Paris. Poucos meses antes de sua morte, ele escreveu ao seu secretário: "Eu morro adorando a Deus, amando meus amigos, não odeio meus inimigos, detestando a superstição". Apesar destas palavras de paz e sabedoria, Voltaire é considerado um dos arquitetos da Revolução Francesa. Cinzas de Voltaire, também são transferidos para o Panteão julho 11, 1971.

Rousseau

Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 28 de junho de 1712 e faleceu em 2 de julho de 1778. Entre suas obras destacam-se: Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens; Do contrato social, e Emílio ou Da Educação.Muito antes do nascimento de Dewey, Montessori, Decroly, Rousseau propôs a liberação do indivíduo, a exaltação da natureza e da atividade criadora, e a rebelião contra o formalismo e a civilização. Sua filosofia, partidária de uma educação natural, sempre esteve vinculada a uma concepção otimista do homem e da natureza. A coerência com suas idéias de liberdade e igualdade o levaram a colocar seus filhos em uma instituição de assistência pública da época.Seu pensamento político, baseado na idéia da bondade natural do homem, levou-o a criticar em diversas ocasiões a desnaturalização, a injustiça e a opressão da sociedade contemporânea. O Contrato Social e Emílio, ou Da Educação são entre suas obras, as de maior conteúdo pedagógico. Por meio delas postula um sistema político, educativo, moral e religioso extremamente controvertido.Rousseau, filósofo da natureza, da liberdade e igualdade, com suas obras, ainda inquieta a humanidade.Sua proposta tem interesse tanto pedagógico quanto político e, nesse sentido, propunha tanto uma "pedagogia da política" quanto uma "política da pedagogia". Um dos instrumentos essenciais de sua pedagogia é o da educação natural: voltar a unir natureza e humanidade. A família, vista como um reflexo do Estado é outro dos elementos centrais de sua pedagogia.Considerado por vários estudiosos como autor da “concepção motriz de toda racionalidade pedagógica moderna”, Rousseau vê a infância como um momento onde se vê, se pensa e se sente o mundo de um modo próprio. Para ele a ação do educador, neste momento, deve ser uma ação natural, que leve em consideração as peculiaridades da infância, a “ingenuidade e a inconsciência” que marcam a falta da "razão adulta".

Montesquieu

Escritor e filósofo francês, célebre pela sua teoria da separação dos poderes.
Nasceu no Palacete de la Brède, perto de Bordéus, em 18 de Janeiro de 1689 ; morreu em Paris, em 10 de Fevereiro de 1755.

Filho de um oficial da guarda do rei de França, neto e sobrinho de um Presidente do Parlamento de Bordéus, ficou órfão de mãe aos 11 anos de idade. O seu ensino básico foi entregue aos Oratorianos do colégio de Juilly, localidade situada a nordeste de Paris, que frequentou em companhia de dois primos, e onde lhe foi ministrada uma educação clássica.
Regressado a Bordéus, em 1705, realizou os estudos jurídicos necessários à sua entrada no Parlamento de Bordéus, para poder herdar o título e as importantes funções do tio. A admissão como conselheiro deu-se em 1708. Após a conclusão destas formalidades regressou a Paris, onde concluiu os seus estudos jurídicos e onde frequentou assiduamente a Academia das Ciências e das Letras. Regressou a Bordéus em 1713 devido à morte do Pai. Em 1715, casou com uma calvinista francesa, o que lhe assegurou um valioso dote. No ano seguinte o tio morreu tornando-se barão de Montesquieu e presidente no Parlamento de Bordéus.
Em 1721 publicou as Cartas Persas, obra que lhe granjeou um enorme sucesso, e onde, aproveitando o gosto da época pelas coisas orientais, analisou de uma maneira satírica as instituições, usos e costumes da sociedade francesa e europeia, criticando veementemente a religião católica, naquela que foi a primeira grande crítica à igreja no século XVIII. Muitas das afirmações de Montesquieu serão «confirmadas» por Edward Gibbon, quando este autor inglês publicou o Decline and Fall of the Roman Empire, em que defendeu que a queda do império se deveu ao predomínio da igreja cristã no Império romano, a partir de Constantino.
Em 1726 renunciou ao seu cargo no Parlamento de Bordéus, vendeu-o e foi viver para Paris, preparando-se para entrar na Academia Francesa. Aceite em 1728, viajou logo a seguir pela Europa, realizando assim o seu Grand Tour, a tradicional viagem educativa dos intelectuais europeus do século VIII. Regressou a França, mas foi para Inglaterra, onde permanecerá durante dezoito meses.
Em 1731, após uma ausência de três anos, regressou a Bordéus, para a sua família e os seus negócios, assim como para as vinhas e os campos agrícolas à volta do seu Palacete de Brède. Voltará frequentemente a Paris, onde teve contactos ocasionais com os célebres salons, mas sem se ligar muito com o grupo de intelectuais que os animava.
O seu grande objectivo passou a ser completar aquela que será a sua grande obra - O Espírito das Leis. Preenchendo uma etapa intermédia, escreveu e publicou em 1734 a Causa da Grandeza dos Romanos e da sua decadência, que não é mais do que um capítulo de apresentação do Espírito.
O Espírito das Leis foi publicado em 1748, em dois volumes, em Genebra, para evitar a censura, tornando-se um imenso sucesso, que a sua colocação no Index romano não beliscou. A sua preocupação foi ultrapassar as posições dos filósofos e utópicos que apresentavam as suas teorias em abstracto e sem nenhuma consideração pelas determinantes espaciais e temporais.
Os tempos que se seguiram estiveram longe de serem sossegados, sendo as suas teorias atacadas tanto pelos jansenistas como pelos católicos ortodoxos, como os jesuítas, mas também pela Universidade de Paris, a célebre Sorbonne. Defendeu-se das críticas publicando em 1755 a Defesa do Espírito das Leis. Entretanto ia perdendo a visão.
Morreu em 1755, quase cego, tendo recebido os últimos sacramentos das mãos de um padre católico.

2.04.2010

ONG


As Organizações não governamentais , também conhecidas pelo acrônimo ONG, são associações do terceiro sector, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar determinados aspectos da sociedade.
Estas organizações podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando ações onde ele não consegue chegar, podendo receber financiamentos e doações do mesmo, e também de entidades privadas, para tal fim.
Atualmente estudiosos têm defendido o uso da terminologia organizações da sociedade civil para designar as mesmas instituições.
É importante ressaltar que ONG não tem valor jurídico. No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil compõem o terceiro setor: associações, fundações e organizações religiosas.

2.01.2010

Médicos Sem Fronteiras


Médicos sem Fronteiras (MSF) é uma organização internacional não-governamental sem fins lucrativos que oferece assistência à saúde, em casos como conflitos armados, catástrofes naturais, epidemias, fome e exclusão social. É a maior organização não governamental de ajuda humanitária do mundo, na área da saúde.
MSF proporciona também ações de longo prazo, na ajuda a refugiados, em casos de conflitos prolongados, instabilidade crônica ou após a ocorrência de catástrofes. A organização foi criada com a idéia que todas as pessoas têm o direito a tratamento médico, e que essa necessidade é mais importante que as fronteiras nacionais.

Atualmente atua em mais de 70 países e tem como presidente o Dr. Christophe Fournier.

A organização MSF foi criada em 1971 por jovens médicos e jornalistas franceses, liderados pelo médico alemão Bernard Kouchner, que tinham ido a Biafra com a Cruz Vermelha para tentar ajudar a população. Ao retornarem à França, estimaram que a política de neutralidade e de reserva da Cruz Vermelha havia sido um erro, e que era necessária a criação de uma associação que aliasse ajuda humanitária e ações de sensibilização junto à mídia e às instituições políticas.
Durante a operação "Un bateau pour le Vietnam" (Um barco para o Vietnã) em 1979, o fundador mais conhecido do público, Bernard Kouchner, defendeu a idéia de alugar um barco para que médicos e jornalistas não pudessem presenciar e testemunhar as violações dos Direitos Humanos naquele país. Houve então uma violenta discussão com a direção da MSF, que considerou a operação mediatizada demais. O que se seguiu foi uma cisão do movimento e a criação da Médicos do Mundo em 1980.
A MSF recebeu o Nobel da Paz de 1999, como reconhecimento do seu combate em favor da ingerência humanitária.

Cruz Vermelha



O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência. Com sua sede em Genebra, Suíça, desfruta de um mandato da comunidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional Humanitário, além de ser o órgão fundador do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. No seu constante diálogo com os estados, o CICV insiste continuamente no seu caráter neutro.
A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome de Comitê Internacional para ajuda aos militares feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A assistência aos prisioneiros de guerra teve grande avanço a partir de 1864, quando foi realizada a Convenção de Genebra, para a melhoria das condições de amparo aos feridos, e em 1899, quando foi realizada a Convenção de Haia, que disciplinava as "normas" de guerra terrestre e marítima.

Atualmente, a Cruz Vermelha não se tem limitado apenas à proteção de prisioneiros militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em nações que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e a melhorar as condições de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos.

Também tem atuado em assistência a vítimas de desastres naturais, como enchentes, terremotos, furacões, especialmente em nações com carência de recursos próprios para assistência às vítimas.

A Cruz Vermelha baseia-se no princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas, de modo a ser digna da confiança das partes em conflito e assim exercer suas atividades humanitárias livremente.




1.19.2010

ONU


A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.

O preâmbulo da Carta das Nações Unidas – documento de fundação da Organização - expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos governos se uniram para constituir as Nações Unidas:

“Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes de direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla.”

“E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.”

“Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de 'Organização das Nações Unidas.”