Ana Catarina
escola eb 2,3/s de alfândega da fé
12.10.2012
12.09.2012
Módulo O (unidade 1) Estudar/ Aprender História
Fontes Históricas Primárias
Conceito:
- São vestígios do passado que são evidencias das
actividades, das ideias e das crenças dos seres humanos de outras épocas,
possibilitando aos historiadores construir o conhecimento sobre a Humanidade
nessas épocas.
Mais alguns conceitos sobre este módulo :
- Património : Conjunto de bens materiais e culturais
transmitidos pelos antepassados. O património deve ser preservado e valorizado
pelo Estado e pelos cidadãos, pois constitui uma herança colectiva, nacional e
da Humanidade.
- Ciências Sociais : Conjunto de ciências como a História, a
Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Economia outras, cujo objecto de
estudo são os diferentes aspectos das sociedades humanas.
- Interdisciplinaridade : Características de uma disciplina
ou de uma ciência que recorre ou interage com outros ramos do conhecimento.
- Calendário : Sistema de divisão do tempo assente num
conjunto de regras na Astronomia e em convenções próprias, capazes de fixar a
duração do ano civil e das suas diferentes datas.
- Cronologia : Ciência que trata da fixação das datas de
ocorrência de factos históricos, das divisões do tempo, da ordem e sucessão dos
acontecimentos. A cronologia assenta em convenções e regras próprias.
- Periodização: Na História tradicional, refere-se à
divisão do tempo histórico em períodos mais ou menos longos, transcorridos
entre duas datas ou factos marcantes. Na história nova, as periodizações são
feitas a partir de critérios como : As formas de vida; As tecnologias; as
mentalidades; organização politica; económica; social.
- Nova história ou História Nova : Concepção da história,
surgida a partir da revista Annales (1929), que é a primeira tentativa de
história total através da valorização de novos objectos, com as mentalidades,
os marginais, a família a morte, o
presente. A História nova assenta num novo conceito de documento (tudo o que
diz respeito aos seres humanos), no alargamento dos âmbitos cronológicos
geográficos, no recurso a novas metodologias e na interdisciplinar-idade.
- Diacronia : Eixo coordenador do tempo que se refere ao
desenvolvimento ou sucessão de acontecimentos.
- Sincronia : Eixo coordenador do tempo que se refere as
simultaneidades de factos ou fenómenos históricos.
- Efeito : Resultado ou consequência de um facto ou acontecimento
- Aculturação : Adaptação de culturas, que resulta do
contacto directo e continuo entre pessoas de outras culturas
- Miscigenação étnica : Cruzamento de indivíduos de raças
diferentes. O termo "raça", é aqui utilizado na acessão
antropológica.
Módulo 1 - Raízes mediterrâncias da civilização europeia-cidade, cidadania e império na Antiguidade Clássica
Cidade-Estado
Conceito:
Comunidade organizada e instalada num espaço territorial próprio, que considera como a sua pátria e cuja administração é exercida de forma livre e independente.
Outros conceitos deste módulo:
- Pólis : Conjunto de pessoas que vive em comunidade e se
auto administra. Também pode designar a própria cidade-estado.
- Acrópole : Parte da pólis localizada num local alto e
estratégico, especialmente fortificada e onde se encontravam os principais
edifícios públicos, sagrados e profanos.
- Ágora : Praça pública das cidades gregas e parte essencial
da pólis. Nela se concentravam as atividades sociais, económicas, religiosas e
culturais; a sua função dominante era, porém política já que se tratava do
espaço democrático por excelência.
- Cidadão : Individuo que possui a cidadania, isto é, que
usufrui de direitos civis e politicos. No período clássico, em Atenas, cidadãos
eram apenas os homens livres, filhos de pai e mãe atenienses, inscritos dos
demos da pólis.
- Demos : Circunscrição territorial decorrente da subdivisão
das tribos. Com Clístenes, as tradicionais 4 tribos foram subdivididas em 10,
as quais, por sua vez, foram subdivididas em 100 demos. Etimologicamente,
passou a significar povo.
- Bárbaros : Os Gregos consideravam bárbaros todos os povos
que não falavam língua grega.
- Democracia antiga : Ideologia e regime político surgido na
Grécia Antiga em que a soberania é partilhada em situação de igualdade por
todos os cidadãos homens, na primeira pessoa e não por delegação de poderes
como hoje acontece. A democracia grega excluía as mulheres, os escravos e os
estrangeiros.
- Mistoforias : Remunerações pecuniárias pagas pela pólis aos
que exerciam cargos públicos. Estabelecidas inicialmente só para os juízes, as
mistoforias foram sendo alargadas a outros cargos, ao longo da época clássica,
chegando a abranger, inclusive, a presença da Eclésia, Condição Importante para
a plena vivência da democracia, a mistoforia não esteve isenta de críticas,
pois pensava-se atraía os cidadãos aos cargos, ou seja, mais pelo salário que
proporciona do que pelo sentido do dever.
- Oratória : Arte de discursar em público que requer o
auxilio de outras duas disciplinas : a Retórica (conjunto de regras relativas à
eloquência) e a Dialética (arte de argumentar logicamente). Os gregos foram
mestres nestas disciplinas, chegando a criar escolas próprias para o ensino.
- Demagogia : Arte de excitar e bajular as paixões populares
para melhor conduzir as massas, tendo sido vício frequente entre os políticos
da democracia ateniense.
- Metecos : Nome que designava o estrangeiro que residia em
atenas, ainda que este fosse natural de outra pólis grega, Os metecos possuiam
direitos civis, pagavam impostos e prestavam serviço militar, mas não usufruíam
de direitos políticos e não podiam ter bens imóveis, nem casar com atenienses.
- Escravo : Homem não-livre, sem personalidade política nem
jurídica. Os escravos podiam ser propriedade pública ou privada e exerciam toda
a espécie de serviços braçais e mesmo intelectuais.
- Eclético : É aquele que abarca disciplinas e saberes
variados, de modo a ministrar uma formação integral, aos seus educandos.
- Liga de Delos : Confederação de cidades-estados gregas,
realizada entre 478 e 404 a.C., com objectivos militares, para combater os
Persas. A chefia da Liga foi confiada a Atenas que, aos poucos, sobrepôs a sua
autoridade à dos outros Estados-membros, transformando a confederação numa
forma de imperialismo.
- Sofistas : Filósofos originários da Ásia Menor que se
especializaram na Retrórica e na Dialética, as artes de bem argumentar,
exaltando o espirito crítico. Os Sofistas desenvolveram um ensino humanista,
eclésico, racional, mas cético, que visava a preparação para a vida politica.
- Ordem Arquitectónica : Conjunto de regras técnicas e
estéticas que definem as formas e a sprporções dos elementos construtivos.
- Artista : Era o arquiteto, escultor, pintor ou ceramista.
- Sistema Trilítico : Sistema construtivo cujos elementos de
sustentação são pilares verticais, unidos transversalmente por vigamentos
horizontais.
- Cânone : Conjunto de proporções que definem uma
configuração ideal do corpo humano.
6.02.2012
Guerra Fria
Bloco Capitalista (Ocidental)
O bloco capitalista ou bloco ocidental , durante o período da Guerra Fria, é o nome que se dá ao grupo de países capitalistas, que eram os países da Europa Ocidental, parte dos países da Ásia, América Central (exceto Cuba), América do Sul e Oceania, liderados pelos Estados Unidos. No final da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos e a União Soviética surgiram como as duas únicas superpotências. Neste contexto a Segunda Guerra Mundial representou uma mudança fundamental no equilíbrio do poder internacional, e nas futuras estratégias ou localizações de poder que se formaram após a vitória dos aliados.
Durante a guerra a maior parte da Europa tinha sido ocupada pela Alemanha nazi e as duas superpotências do pós-guerra foram responsáveis pela criação de novos governos nos países europeus. Foi acordado que haveria o restabelecimento da soberania destas nações, podendo ser também restaurados os sistemas democráticos nestes.
Com o acirramento ideológico entre os EUA (potência capitalista) e a URSS (potência comunista), houve então uma repartição de poder em esfera global entre os sistemas destas duas naçães. Relações entre a União Soviética e os Estados Unidos continuaram a se esfacelar, gerando conflitos indiretos entre as duas potências. Entre estes conflitos pode-se destacar:
Guerra da Coreia ; Guerra do Vietname ; Conflitos árabe-israeliano ; Crise dos mísseis de Cuba.
Expansão soviética na Europa Oriental levou os Estados Unidos e os países europeus ocidentais a formar a NATO (OTAN). A NATO surgiu ideologicamente "para coordenar as defesas militares dos países membros contra a agressão soviética possível". O Pacto de Varsóvia foi formado como uma contra-resposta à NATO. Este pacto existia para proteger os países satélites soviéticos que se formaram após a Segunda Guerra Mundial.
Bloco Socialista
Durante a Guerra Fria, o termo bloco do leste (ou bloco soviético) era uma referência à União Soviética e seus aliados da Europa central e do leste (Bulgária, Eslováquia, Alemanha Oriental, Hungria, Polónia, Roménia, e - até meados dos anos 60 - a Albânia).
Este termo era muitas vezes utilizado como referência ao Pacto de Varsóvia (a aliança militar liderada pelos soviéticos) ou ao Comecon (uma organização econômica internacional que abrangia os estados comunistas). Os aliados soviéticos de fora do leste europeu, como Mongólia, Cuba, Vietname e Coreia do Norte, eram algumas vezes considerados como parte deste bloco. Em 1945, com a economia arruinada, e as milhões de mortes resultado de "três anos de guerra em solo soviético", a União Soviética emerge como a segunda maior potência do mundo e controla todo o Leste Europeu.
União Europeia
A União Europeia (UE) é uma união económica e política de 27-Estados Membros independentes que estão localizados principalmente na Europa. A UE tem as suas origens na Comunidade Europeia do carvão e do aço (CECA) e na Comunidade Económica Europeia (CEE), formadas por seis países em 1958. Nos anos de intervenção a UE cresceu em dimensão com a adesão de novos Estados-membros e em poder, por meio da adição de domínios políticos nas suas competências. O Tratado de Maastricht estabeleceu a União Europeia com o seu nome atual em 1993. A última alteração ao fundamento constitucional da UE, o Tratado de Lisboa, entrou em vigor em 2009.
A UE opera através de um sistema híbrido de instituições supranacionais independentes e de decisões intergovernamentais feitas e negociadas pelos Estados-membros. As mais importante instituições da UE são a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é eleito a cada cinco anos pelos cidadãos da UE.
A UE tem desenvolvido um mercado comum através de um sistema padronizado de leis que se aplicam a todos os Estados-membros. No Espaço Schengen (que inclui membros e não membros da UE) os controlos de passaporte foram abolidos. As políticas da UE têm por objetivo assegurar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, legislar assuntos comuns na justiça e manter políticas comuns de comércio, agricultura, pesca e desenvolvimento regional. A união monetária, a Zona Euro, foi criada em 1999 e é actualmente composta por 17 Estados-membros. Através da Política Externa e de Segurança Comum, a UE desenvolveu um papel limitado nas relações externas e de defesa. Missões diplomáticas permanentes foram estabelecidas em todo o mundo e a UE é representada nas Nações Unidas, na Organização Mundial do Comércio (OMC), no G8 e no G-20.
Com uma população total de mais de 500 milhões de pessoas, o que representa 7,3% da população mundial, a UE gerou um produto interno bruto de 12,2 mil milhões de euros em 2010, o que representa cerca de 20% do PIB global, medido em termos de paridade do poder de compra.
Países da União Europeia
A União Europeia é actualmente constituída por 27 países.
- Áustria
- Bélgica
- Bulgária
- Chipre
- República Checa
- Dinamarca
- Estónia
- Finlândia
- França
- Alemanha
- Grécia
- Hungria
- Irlanda
- Itália
- Letónia
- Lituânia
- Luxemburgo
- Malta
- Países Baixos
- Polónia
- Portugal
- Roménia
- Eslováquia
- Eslovénia
- Espanha
- Suécia
- Reino Unido
Países que pediram para aderir à União Europeia:
- Croácia
- Antiga República Jugoslava da Macedónia
- Turquia
- Islândia
O processo de tomada de decisões na UE, em geral, e o processo de co-decisão em particular, envolve três instituições:
- Parlamento Europeu, directamente eleito, que representa os cidadãos da UE;
- Conselho da União Europeia, que representa os Estados Membros;
- Comissão Europeia, que defende os interesses de toda a União.
Os países que pertencem à UE são nações soberanas e independentes, mas congregaram as suas soberanias em algumas áreas para ganharem força e influência.
Os Estados Membros delegam alguns dos seus poderes em instituições comuns que criaram, de modo a assegurar que os assuntos de interesse comum possam ser decididos democraticamente ao nível europeu.
1.16.2012
Adolf Hitler (Alemanha)
Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 — Berlim, 30 de abril de 1945), por vezes em português Adolfo Hitler, foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (em alemão Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP), também conhecido por Partido Nazi (português europeu) ou nazista (português brasileiro), uma abreviatura do nome em alemão (Nationalsozialistische), sendo ainda oposição aos sociais-democratas, os Sozi. Hitler se tornou chanceler e, posteriormente, ditador alemão. Era filho de um funcionário de alfândega de uma pequena cidade fronteiriça da Áustria com a Alemanha.As suas teses racistas e anti-semitas, assim como os seus objectivos para a Alemanha ficaram patentes no seu livro de 1924, Mein Kampf (Minha luta). Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que, no período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados - tais como Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e judeus - foram perseguidos no que se tornou conhecido como Holocausto. A maioria dos historiadores admite que a maior parte dos perseguidos foi submetida a Solução Final, enquanto certos seres humanos foram usados em experimentos médicos ou militares.No período de 1939 a 1945 Hitler liderou a Alemanha enquanto envolvida no maior conflito do século XX, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, juntamente com a Itália e com o Japão, formavam o Eixo. O Eixo seria derrotado apenas pela intervenção externa do grupo de países que se denominavam os "Aliados". Tal grupo fez-se notável por ter sido constituído pelos principais representantes dos sistemas capitalista e socialista, entre os quais a União Soviética e os Estados Unidos, união esta que se converteu em oposição no período pós-guerra, conhecido como a Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial acarretou a morte de um total estimado em 50 a 70 milhões de pessoas.Hitler sobreviveu sem ferimentos graves a 42 atentados contra sua vida. Devido a isso, ao que tudo indica, Hitler teria chegado a acreditar que a "Providência" estava intervindo a seu favor. A última tentativa de assassiná-lo foi o atentado de 20 de julho de 1944, onde uma bomba, preparada para simular o efeito de um explosivo britânico, explodiu a apenas dois metros do Führer. O atentado foi liderado e executado por von Stauffenberg, coronel alemão condenado à morte por fuzilamento. Tal atentado não o impediu de, menos de uma hora depois, se encontrar em perfeitas condições físicas com o ditador fascista italiano Benito Mussolini.Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), em Berlim, a 30 de abril de 1945, enquanto o exército soviético combatia já as duas tropas que defendiam o Führerbunker (a francesa Charlemagne e a norueguesa Nordland). Segundo testemunhas, Adolf Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de abril, e desde já passavam por sua cabeça os pensamentos suicidas.
Francisco Franco (Espanha)
Nascido na cidade galega de Ferrol, estudou na Academia de Infantaria de Toledo e entre 1912 e 1917, distingue-se nas campanhas bélicas do Marrocos espanhol. Após uma estada de três anos em Oviedo, volta ao Marrocos, onde combate às ordens de Valenzuela e de Millán Astray, destacando-se pelo seu valor e frieza no combate. Em 1923, apadrinhado por Afonso XIII, casa-se com Carmen Polo, de uma família da burguesia das Astúrias.Destinado novamente a Marrocos com o grau de tenente-coronel, assume o comando da Legião Espanhola em 1923 e participa activamente no desembarque na baía de Alhucemas e na reconquista do Protectorado (1925). É, com Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirige a Academia Militar de Saragoça.Quando da implantação da República (1931) é afastado de cargos de responsabilidade (é destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares). O triunfo das forças de direita em 1933 fá-lo regressar a altos cargos do exército. Planifica a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando Gil Robles ocupa o Ministério da Guerra, é nomeado chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o governo da Frente Popular nomeia-o comandante militar das Canárias. Dali mantém contacto com Emilio Mola (chamado «O director») e Sanjurjo, que preparam o levantamento militar.Em 17 de Julho voa das Canárias até Marrocos, revolta a guarnição e torna-se comandante das tropas. Cruza o Estreito de Gibraltar com meios precários (aviões cedidos por Mussolini e Hitler e navios de pouca tonelagem) e avança até Madrid por Mérida, Badajoz e Talavera de la Reina. Apodera-se rapidamente da direcção militar e política da guerra (setembro de 1936). Em Abril de 1937 une os partidos de direita e coloca-se à frente da nova organização como caudilho. Em Janeiro de 1938 converte-se em chefe de Estado e do governo. Anos mais tarde diz que apenas presta contas da sua atividade "perante Deus e perante a história".Terminada a guerra civil espanhola empreende a reconstrução do país. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos se prolongam durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo que recebe o nome de franquismo. Apesar das suas estreitas relações com a Alemanha e a Itália, mantém a neutralidade espanhola durante a Segunda Guerra Mundial. Terminada esta, os vencedores isolam o regime franquista. Contudo, este vai-se consolidando na base da promulgação de novas leis: criação das Cortes (1942), Jurisdição dos Espanhóis (1945), lei do referendo nacional (1945), lei da sucessão na chefia do Estado (1947) etc.Em 1953 iniciam-se as relações diplomáticas com os Estados Unidos da América e, em 1955, o regime de Franco é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Em 1966 cria uma nova Constituição (Lei Orgânica do Estado) e três anos mais tarde apresenta às Cortes, como sucessor a título de rei, o príncipe Juan Carlos, neto de Afonso XIII. Em Junho de 1973 cede a presidência do governo ao seu mais directo colaborador, Luis Carrero Blanco. A morte deste num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre após longa doença num hospital de Madrid.
António Salazar (Portugal)
António de Oliveira Salazar GO TE (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889 — Lisboa, 27 de Julho de 1970) foi um estadista, político português e professor catedrático da Universidade de Coimbra. Notabilizou-se pelo facto de ter exercido, de forma autoritária, o poder político em Portugal entre 1932 e 1968.O seu percurso político iniciou-se quando foi Ministro das Finanças por breves meses em 1926. Depois disso, foi também ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da sua organização política de suporte, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e 1968. Os autoritarismos que surgiam na Europa foram amplamente experienciados por Salazar em duas frentes complementares: a propaganda e a repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT, da Mocidade Portuguesa, masculina e feminina, o Estado Novo garantia a doutrinação de largas massas da população portuguesa, enquanto que a PVDE (posteriormente PIDE a partir de 1945), em conjunto com a Legião Portuguesa, garantiam o combate aos grupos totalitarios, normalmente julgados nos Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, nos Tribunais Plenários.Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grande impacto, sobretudo até aos anos sessenta.
José Estaline (URSS)
Nascido em uma pequena cabana na cidade georgiana de Gori e filho de uma costureira e de um sapateiro, o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz. Chegou a estudar em um colégio religioso de Tiflis, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime tsarista. Passou anos na prisão (por organizar assaltos, num dos quais 40 pessoas foram mortas) e, quando libertado, aliou-se a Vladimir Lenin e outros, que planejavam a Revolução Russa.Stalin chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), e teve uma ascensão rápida, tornando-se em novembro de 1922 o Secretário-geral do Comitê Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes. Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse apto para um cargo de comando, ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seus epítetos eram "Guia Genial dos Povos" e "O Pai dos Povos".De acordo com Alan Bullock, uma discordância com Stalin em qualquer assunto tornava-se não uma questão de oposição política, mas um crime capital, uma prova, ipso facto, de participação em uma conspiração criminosa envolvendo traição e a intenção de derrubar o regime Soviético.
1.12.2012
Benito Mussolini (Itália)
Benito Amilcare Andrea Mussolini OSMM OMTEVLM (Predappio, 29 de julho de 1883 - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, junto com o Rei Vítor Emanuel III da Itália, quem deu-lhe o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do Fascismo Italiano, que incluía elementos do nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.
Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939, citam-se: seus programas de obras públicas como a drenagem dos Pântanos Pontine e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também é creditado por garantir o sucesso econômico nas colônias italianas e dependências comerciais. Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de junho de 1940, inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo após seu encarceramento ter iniciado, Mussolini foi resgatado da prisão em Gran Sasso por forças especiais alemãs.
Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. Ao final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao Lago de Como por guerrilheiros italianos. Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.
Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, junto com o Rei Vítor Emanuel III da Itália, quem deu-lhe o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do Fascismo Italiano, que incluía elementos do nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.
Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939, citam-se: seus programas de obras públicas como a drenagem dos Pântanos Pontine e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também é creditado por garantir o sucesso econômico nas colônias italianas e dependências comerciais. Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de junho de 1940, inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo após seu encarceramento ter iniciado, Mussolini foi resgatado da prisão em Gran Sasso por forças especiais alemãs.
Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. Ao final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao Lago de Como por guerrilheiros italianos. Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.
12.11.2011
Surrealismo
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris nos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão internacional. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), mas também pelo marxismo, o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton (1896-1966) é o principal líder e mentor deste movimento.
A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento.
Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de (1924). Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas.
A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento.
Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de (1924). Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas.
Salvador Dali
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (Figueres, 11 de Maio de 1904 — Figueres, 23 de Janeiro de 1989), conhecido apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres do Renascimento. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da Memória, foi concluído em 1931. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançado postumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound. Também foi autor de poemas dentro da mesma linha surrealista.Dalí insistiu em sua "linhagem árabe", alegando que os seus antepassados eram descendentes de mouros que ocuparam o sul da Espanha por quase 800 anos (711 a 1492), e atribui a isso o seu amor de tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte. Ao mesmo tempo que incomodava os seus críticos, já que sua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico.
Pintura de Salvador Dali
11.08.2011
Hino Nacional
O Hino nacional é, na maioria dos casos, uma composição musical patriótica que é aceita pelo governo de um país como a música oficial do Estado.
Durante os séculos XIX e XX, com o crescimento do número de países independentes, muitos deles adoptaram hinos nacionais, que em alguns casos coexistia com canções vulgares de cariz patriótico. A música mais antiga que tinha como fim servir de hino nacional é "Wilhelmus" dos Países Baixos, a letra foi escrita entre 1568 e 1572 durante a Guerra dos Oitenta Anos. Não é como a generalidade dos hinos nacionais, que se referem ao país, mas sim referente ao monarca. Em geral, os hinos nacionais tentam refletir a união e glorificar a história e as tradições do país.
Os hinos nacionais floresceram na Europa num estilo musical típico do século XIX, que continuou a ser utilizado na invenção de novos hinos. Mesmo na África e na Ásia, onde a música orquestral ocidental não proliferava, os seus hinos nacionais adquiriram o mesmo género musical. Apenas nos países onde não houve colonialismo europeu, os estilos característicos permaneceram, nomeadamente no Japão (que tem o hino nacional mais antigo no mundo, Kimi Ga Yo), Irão, Sri Lanka, e Myanmar.
A maioria dos hinos nacionais são marchas de feitio militar, ou então hinos. Os países da América Latina tendem mais para o estilo ópera, enquanto que a maior parte dos países usam marchas. Devido à sua brevidade e relativa simplicidade, muitos hinos nacionais têm pouca relevância musical, salvo as exceções da ex-União Soviética (Rússia), Estados Unidos da América, a União Europeia, França, Alemanha, Espanha, Brasil, Portugal, Itália, Israel e a Hungria.
Os países cujos hinos nacionais foram escritos por compositores ilustres são: a Alemanha, com música de Joseph Haydn; o hino nacional da Áustria que se pensa que foi escrito por Mozart e o hino da Cidade do Vaticano, cujo hino foi escrito por Charles Gounod. Também não há muitos hinos cujas letras rimem entre si, salvo o caso do poeta Rabindranath Tagore que escreveu os hinos nacionais da Índia e de Bangladesh.
Os hinos nacionais têm vindo a ser evocados em contextos inadequados. São normalmente utilizados em feriados e festas. Têm também vindo a estabelecer uma forte relação com eventos desportivos. Por exemplo, nos Jogos Olímpicos, o hino nacional do medalhado com ouro é tocado na cerimónia de entrega dos prêmios. Em alguns países, o hino é tocado, todos os dias, antes de começarem as aulas na escola. Noutros países, o hino nacional, é tocado antes de uma peça de teatro começar ou num cinema antes de começar o filme. Há ainda muitos canais de televisão que utilizam o hino para começar e terminar a emissão diária. Normalmente só a primeira estrofe do hino é que é tocada, salvo o caso da Alemanha, que utiliza a terceira estrofe, o hino do Chile , que usa a quinta estrofe e o da Eslovênia, que utiliza a sétima.
Existem muitos estados nos quais existem hinos não oficiais, nomeadamente o hino real, o hino presidencial ou mesmo o hinos de uma região do país, que é oficialmente reconhecido. Por exemplo o Hino dos Açores ou da Madeira.
Durante os séculos XIX e XX, com o crescimento do número de países independentes, muitos deles adoptaram hinos nacionais, que em alguns casos coexistia com canções vulgares de cariz patriótico. A música mais antiga que tinha como fim servir de hino nacional é "Wilhelmus" dos Países Baixos, a letra foi escrita entre 1568 e 1572 durante a Guerra dos Oitenta Anos. Não é como a generalidade dos hinos nacionais, que se referem ao país, mas sim referente ao monarca. Em geral, os hinos nacionais tentam refletir a união e glorificar a história e as tradições do país.
Os hinos nacionais floresceram na Europa num estilo musical típico do século XIX, que continuou a ser utilizado na invenção de novos hinos. Mesmo na África e na Ásia, onde a música orquestral ocidental não proliferava, os seus hinos nacionais adquiriram o mesmo género musical. Apenas nos países onde não houve colonialismo europeu, os estilos característicos permaneceram, nomeadamente no Japão (que tem o hino nacional mais antigo no mundo, Kimi Ga Yo), Irão, Sri Lanka, e Myanmar.
A maioria dos hinos nacionais são marchas de feitio militar, ou então hinos. Os países da América Latina tendem mais para o estilo ópera, enquanto que a maior parte dos países usam marchas. Devido à sua brevidade e relativa simplicidade, muitos hinos nacionais têm pouca relevância musical, salvo as exceções da ex-União Soviética (Rússia), Estados Unidos da América, a União Europeia, França, Alemanha, Espanha, Brasil, Portugal, Itália, Israel e a Hungria.
Os países cujos hinos nacionais foram escritos por compositores ilustres são: a Alemanha, com música de Joseph Haydn; o hino nacional da Áustria que se pensa que foi escrito por Mozart e o hino da Cidade do Vaticano, cujo hino foi escrito por Charles Gounod. Também não há muitos hinos cujas letras rimem entre si, salvo o caso do poeta Rabindranath Tagore que escreveu os hinos nacionais da Índia e de Bangladesh.
Os hinos nacionais têm vindo a ser evocados em contextos inadequados. São normalmente utilizados em feriados e festas. Têm também vindo a estabelecer uma forte relação com eventos desportivos. Por exemplo, nos Jogos Olímpicos, o hino nacional do medalhado com ouro é tocado na cerimónia de entrega dos prêmios. Em alguns países, o hino é tocado, todos os dias, antes de começarem as aulas na escola. Noutros países, o hino nacional, é tocado antes de uma peça de teatro começar ou num cinema antes de começar o filme. Há ainda muitos canais de televisão que utilizam o hino para começar e terminar a emissão diária. Normalmente só a primeira estrofe do hino é que é tocada, salvo o caso da Alemanha, que utiliza a terceira estrofe, o hino do Chile , que usa a quinta estrofe e o da Eslovênia, que utiliza a sétima.
Existem muitos estados nos quais existem hinos não oficiais, nomeadamente o hino real, o hino presidencial ou mesmo o hinos de uma região do país, que é oficialmente reconhecido. Por exemplo o Hino dos Açores ou da Madeira.
Bandeira
A Bandeira de Portugal é a bandeira nacional da República Portuguesa. É um bicolor retangular com um campo desigual dividido em verde na tralha, e vermelho na batente. O brasão de armas (a Esfera armilar e o Escudo português) está centrado sobre o limite das cores da bandeira, a uma distância igual das bordas superior e inferior. A 30 de Junho de 1911, menos de um ano após a queda da monarquia constitucional, este projecto foi oficialmente adoptado para a nova bandeira nacional, após ser selecionado, entre várias propostas, por uma comissão cujos membros incluíam Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho.
A conjugação do novo dominio de cores, especialmente o uso do verde, não era tradicional na composição da Bandeira Nacional Portuguesa e representou uma mudança radical de inspiração republicana, que rompeu o vínculo com a bandeira monárquica religiosa. Desde da tentativa frustrada de insurreição republicana a 31 de Janeiro de 1891, o vermelho e o verde tinham sido estabelecidos como as cores do Partido Republicano Português e seus movimentos associados, cuja importância política continuou crescendo até atingir um período de auge na sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910. Nas décadas seguintes, essas cores foram popularmente propagandeadas como representação da esperança da nação (verde) e sangue (vermelho) daqueles que morreram defendendo-a, de maneira a dotá-la de uma forma mais patriótica e digna, portanto, menos política e sentimental.
O design da bandeira actual representa uma mudança dramática na evolução da norma portuguesa, que foi sempre intimamente associada com as armas reais. Desde a fundação do país, a bandeira nacional evoluiu da cruz azul sobre fundo branco de Dom Afonso Henriques ao brasão de armas da monarquia liberal sobre um rectângulo azul-e-branco. Entre estes, grandes mudanças associadas a determinantes eventos políticos contribuíram para sua evolução ao design atual.
A conjugação do novo dominio de cores, especialmente o uso do verde, não era tradicional na composição da Bandeira Nacional Portuguesa e representou uma mudança radical de inspiração republicana, que rompeu o vínculo com a bandeira monárquica religiosa. Desde da tentativa frustrada de insurreição republicana a 31 de Janeiro de 1891, o vermelho e o verde tinham sido estabelecidos como as cores do Partido Republicano Português e seus movimentos associados, cuja importância política continuou crescendo até atingir um período de auge na sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910. Nas décadas seguintes, essas cores foram popularmente propagandeadas como representação da esperança da nação (verde) e sangue (vermelho) daqueles que morreram defendendo-a, de maneira a dotá-la de uma forma mais patriótica e digna, portanto, menos política e sentimental.
O design da bandeira actual representa uma mudança dramática na evolução da norma portuguesa, que foi sempre intimamente associada com as armas reais. Desde a fundação do país, a bandeira nacional evoluiu da cruz azul sobre fundo branco de Dom Afonso Henriques ao brasão de armas da monarquia liberal sobre um rectângulo azul-e-branco. Entre estes, grandes mudanças associadas a determinantes eventos políticos contribuíram para sua evolução ao design atual.
Significados da Bandeira
A bandeira tem um significado republicano e nacionalista. A comissão encarregada da sua criação explica a inclusão do verde por ser a cor da esperança e por estar ligada à revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891. Segundo a mesma comissão, o vermelho é a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita à vitória. Durante o Estado Novo, foi difundida a ideia de que o verde representava as florestas de Portugal e de que o vermelho representava o sangue dos que tinham morrido pela independência da Nação. As cores da bandeira podem, contudo, ser interpretadas de maneiras diferentes, ao gosto de cada um.
No seu centro, acha-se o escudo de armas portuguesas (que se manteve tal como era na monarquia), sobreposto a uma esfera armilar, que veio substituir a coroa da velha bandeira monárquica e que representa o Império Colonial Português e as descobertas feitas por Portugal.
Os cinco pontos brancos representados nos cinco escudetes no centro da bandeira fazem referência a uma lenda relacionada com o primeiro rei de Portugal. A história diz que antes da Batalha de Ourique (26 de Julho de 1139), D. Afonso Henriques rezava pela protecção dos portugueses quando teve uma visão de Jesus na cruz. D. Afonso Henriques ganhou a batalha e, em sinal de gratidão, incorporou o estigma na bandeira de seu pai, que seria uma cruz azul em campo branco. Segundo a lenda, o número das quinas representariam os cinco reis mouros derrotados e os besantes os 30 dinheiros que Judas teria recebido pela traição a Jesus Cristo. Esta explicação tem a sua origem na Lenda de Ourique, dada a conhecer pela primeira vez num documento forjado no séc. XVI por Bernardo de Brito. Apesar desta simbologia ser amplamente refutada, foi divulgada por vários escritores e poetas, incluindo Luis de Camões. Outra explicação aponta ainda para o uso do brazão em escudos; a cruz azul, tiras de couro pintado, seria segurada por pregos brancos. Esta decoração dos escudos sofreria danos com as batalhas e com o tempo, deixando apenas o azul envolto com os pregos, dando a imagem dos actuais escudetes azuis com as (atualmente) 5 quinas em cada um.
Tradicionalmente, os sete castelos representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos e simbolizam também o Reino do Algarve. No entanto, a verdade é que os castelos foram introduzidos nas armas de Portugal pela subida ao trono de Afonso III de Portugal. Este rei português não podia usar as armas do irmão, D. Sancho II, sem diferença por não ser filho primogénito de D. Afonso II. Adoptou assim as armas de sua mãe que era castelhana, sendo que a bandeira de Castela, à data, era composta por um fundo vermelho e três filas e três colunas de castelos dourados. Há quem considere que, com a subida ao trono de D. Afonso III, e já na qualidade de rei, este deveria ter abandonado as suas armas pessoais e usado as do pai e do irmão.
A bandeira tem um significado republicano e nacionalista. A comissão encarregada da sua criação explica a inclusão do verde por ser a cor da esperança e por estar ligada à revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891. Segundo a mesma comissão, o vermelho é a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita à vitória. Durante o Estado Novo, foi difundida a ideia de que o verde representava as florestas de Portugal e de que o vermelho representava o sangue dos que tinham morrido pela independência da Nação. As cores da bandeira podem, contudo, ser interpretadas de maneiras diferentes, ao gosto de cada um.
No seu centro, acha-se o escudo de armas portuguesas (que se manteve tal como era na monarquia), sobreposto a uma esfera armilar, que veio substituir a coroa da velha bandeira monárquica e que representa o Império Colonial Português e as descobertas feitas por Portugal.
Os cinco pontos brancos representados nos cinco escudetes no centro da bandeira fazem referência a uma lenda relacionada com o primeiro rei de Portugal. A história diz que antes da Batalha de Ourique (26 de Julho de 1139), D. Afonso Henriques rezava pela protecção dos portugueses quando teve uma visão de Jesus na cruz. D. Afonso Henriques ganhou a batalha e, em sinal de gratidão, incorporou o estigma na bandeira de seu pai, que seria uma cruz azul em campo branco. Segundo a lenda, o número das quinas representariam os cinco reis mouros derrotados e os besantes os 30 dinheiros que Judas teria recebido pela traição a Jesus Cristo. Esta explicação tem a sua origem na Lenda de Ourique, dada a conhecer pela primeira vez num documento forjado no séc. XVI por Bernardo de Brito. Apesar desta simbologia ser amplamente refutada, foi divulgada por vários escritores e poetas, incluindo Luis de Camões. Outra explicação aponta ainda para o uso do brazão em escudos; a cruz azul, tiras de couro pintado, seria segurada por pregos brancos. Esta decoração dos escudos sofreria danos com as batalhas e com o tempo, deixando apenas o azul envolto com os pregos, dando a imagem dos actuais escudetes azuis com as (atualmente) 5 quinas em cada um.
Tradicionalmente, os sete castelos representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos e simbolizam também o Reino do Algarve. No entanto, a verdade é que os castelos foram introduzidos nas armas de Portugal pela subida ao trono de Afonso III de Portugal. Este rei português não podia usar as armas do irmão, D. Sancho II, sem diferença por não ser filho primogénito de D. Afonso II. Adoptou assim as armas de sua mãe que era castelhana, sendo que a bandeira de Castela, à data, era composta por um fundo vermelho e três filas e três colunas de castelos dourados. Há quem considere que, com a subida ao trono de D. Afonso III, e já na qualidade de rei, este deveria ter abandonado as suas armas pessoais e usado as do pai e do irmão.
Nomes da Bandeira de Portugal
A Bandeira de Portugal é, oficialmente, designada Bandeira Nacional.
A bandeira é, também, muitas vezes designada como a Bandeira das Quinas. Esta designação refere-se aos cinco escudetes das Armas de Portugal (as cinco quinas) e tem vindo a ser aplicada a todos os modelos da Bandeira de Portugal, pelo menos desde o século XV.
O modelo da Bandeira de Portugal, em vigor desde 1911, também é, ocasionalmente, referido como Bandeira Verde-Rubra.
A Bandeira de Portugal é, oficialmente, designada Bandeira Nacional.
A bandeira é, também, muitas vezes designada como a Bandeira das Quinas. Esta designação refere-se aos cinco escudetes das Armas de Portugal (as cinco quinas) e tem vindo a ser aplicada a todos os modelos da Bandeira de Portugal, pelo menos desde o século XV.
O modelo da Bandeira de Portugal, em vigor desde 1911, também é, ocasionalmente, referido como Bandeira Verde-Rubra.
6.14.2011
Renascimento
Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Médiae o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália, onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália, onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
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